terça-feira, 3 de março de 2015

SETE TCHIBUNS

Abrindo a bíblia no livro de II reis, capítulo cinco, nos deparamos com a narrativa de um capitão da guarda do rei da Síria, o grande e valoroso Naamã. Suas qualidades se sobressaem com certeza às de muitos outros seus contemporâneos, mas como todos temos defeitos, fraquezas e limitações, Naamã tinha também as suas...
Apesar de ser um grande homem, era leproso.
Hoje temos um certo conhecimento de como tratar a lepra, (hanseníase), mas naquela época não era assim tão fácil,  na verdade essa doença nem sequer conhecia a doença direito, quanto mais a cura para a lepra...
É interessante que em uma de suas campanhas militares, o exercito dos sírios levou uma menina judia cativa que segundo a bíblia, esta ficou por serva da mulher de Naamã, talvez por sempre ver a aflição de seu senhor por causa da lepra, desabafou dizendo:
- Oxalá meu senhor estivesse diante do profeta que está em Samaria!
Claro que quando se está doente o que queremos é ficar bom o mais rápido possível, não é mesmo?
Tenho certeza de que Naamã também queria ficar bom logo, mesmo que não se conhecia a cura de uma doença tão devastadora, se apega ao único fio de esperança que encontra, no caso, a cura através de um milagre, sem se importar de onde viria, cura...
Quando lemos o texto, nos deparamos com algo um tanto estranho, pois o rei da Síria envia Naamã com uma carta ao rei de Samaria, confiando que este o restauraria de sua lepra. Mas quando o rei de Samaria recebe a carta, fica extremamente indignado a ponto de rasgar suas roupas. Porque?
A primeira coisa a ser considerada é que estes reinos não eram tão amistosos assim, mas que se uniam por meio de tréguas diante de um inimigo comum, ou que as vezes faziam alianças comerciais ou até mesmo militares para não serem derrotados tão facilmente. Outra coisa a considerar é que estes reinos possuíam credos religiosos totalmente diferentes. O ponto interessante é que o rei da Síria concedeu a Naamã o que ele queria, mas não podia garantir que as coisas sairiam conforme Naamã desejava.
Talvez por causa dessas alianças o rei da Síria enviou Naamã com uma  carta não ao profeta mas sim ao rei de Samaria.
O rei de Samaria se indignou crendo que o rei da Síria procurava ocasião para provocar uma guerra entre os dois reinos, desfazendo assim sua trégua ou aliança...
Será que o rei de Samaria se esquecera que o seu Deus sempre foi capaz de realizar milagres? Claro que não, mas como entendeu que se tratava de um complô, se indignou. 
Porém quando o profeta Eliseu tomou conhecimento do acontecido mandou que Naamã fosse enviado até ele.
Naamã conhecendo bem a sua doença, sabia que não havia outro meio de ficar são senão por um milagre, assim sendo, acreditava em seu íntimo que Eliseu faria todo um ritual agitando as mãos sobre a lepra e clamando ao seu Deus e assim ficaria curado...
Note que Eliseu apenas recomendou a Naamã que fosse até o rio Jordão e mergulhasse sete vezes e ficaria são.
Naamã chateou-se muito porque o rio Jordão não era um rio muito limpo e expressou-se dizendo que os rios Abana e farfar eram muito melhores que todas as águas de Israel, não poderia lavar-me em um deles?
Até que seus servos lhe disseram que se o profeta tivesse dito uma coisa muito mais difícil Naamã teria feito e Naamã foi até o rio Jordão e mergulhou as sete vezes e ficou curado.
Com naamã podemos aprender sete coisas, cada uma em um mergulho.
1° mergulho no verso 4 - Naamã entendeu que poderia ser curado, sendo humilde o suficiente para dar ouvidos à serva.(humildade);
2° mergulho no verso 8 - É preciso buscar ajuda no lugar certo, não ha como encontrar algo onde ele não está, é como se perguntássemos: porque encontramos tal coisa no último lugar em que procuramos?
3° mergulho verso 14 - Foi preciso obedecer, quando o profeta lhe passou as recomendações, Naamã ainda questionou quanto ao rio, como seria o meio da sua purificação... 
4° mergulho verso 15 - Foi preciso reconhecer que  Naamã estava buscando algo de Deus, logo é Deus quem é o dono da benção, não Naamã, ou seja, se ele estava sendo abençoado ainda cria ser ele que deveria dar as cartas a Deus, mostrando a Deus como o abençoaria.(reconhecimento) ;
5° mergulho verso 15 - depois de comprovar que o profeta lhe falara a verdade, ficou tão agradecido, mas tão agradecido, que insistiu muito para que Eliseu fosse recompensado, mas Eliseu se recusou, pois sabia que não seria necessário, pois ele deveria ser dependente do poder de Deus;
6° mergulho verso 18 - Depois que experimentamos a graça de Deus, é preciso deixarmos as coisas velhas para trás, ou seja, parar com os atos errados que cometíamos antes e passarmos a fazer o que é correto daí por diante;
7° mergulho verso 27 - É preciso que uma vez que decidimos que vamos fazer o que é correto devemos nos esforçar para não ter uma recaída, não dar nenhuma brecha, tomar cuidado para deixar que satanás venha fazer você errar novamente, a santificação não é uma tarefa fácil, mas não é impossível, é como subir uma escada bem longa, é cansativo mas ela vai chegar ao final em breve.
 

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